E por isso, encontrei um página excelente com informação detalhada de quais as melhores práticas para maximizar o tempo de vida:
Este é o efeito do número de ciclos de carregamento na capacidade de uma bateria:
«The performance of a battery is measured in capacity, a leading health indicator. Internal resistance and self-discharge also play roles, but these are less significant in predicting the end of battery life with modern Li-ion.
Figure illustrates the capacity drop of 11 Li-polymer batteries that have been cycled at a Cadex laboratory. The 1,500mAh pouch cells for mobile phones were first charged at a current of 1,500mA (1C) to 4.20V/cell and then allowed to saturate to 0.05C (75mA) as part of the full charge saturation. The batteries were then discharged at 1,500mA to 3.0V/cell, and the cycle was repeated. The expected capacity loss of Li-ion batteries was uniform over the delivered 250 cycles and the batteries performed as expected.»
Figure illustrates the capacity drop of 11 Li-polymer batteries that have been cycled at a Cadex laboratory. The 1,500mAh pouch cells for mobile phones were first charged at a current of 1,500mA (1C) to 4.20V/cell and then allowed to saturate to 0.05C (75mA) as part of the full charge saturation. The batteries were then discharged at 1,500mA to 3.0V/cell, and the cycle was repeated. The expected capacity loss of Li-ion batteries was uniform over the delivered 250 cycles and the batteries performed as expected.»
Para o citroen C-Zero, está especificado que as baterias mantenham uma degradação abaixo dos 20% para os primeiros 1000 ciclos*, por isso, espera-se que não seja tão acentuada como este exemplo mostra. De qualquer maneira é um bom indicador que nos mostra como todas as baterias apresentam degradação à medida que vamos gastando ciclos de carregamento.
(*) Um ciclo corresponde a um carregamento completo de 0 a 100%, pelo que é equivalente a dois carregamentos de 50 a 100%.
Convém notar que o número máximo de ciclos depende da profundidade de descarga.
Uma bateria que foi sempre parcialmente descarregada, tenderá a suportar mais ciclos de carga, que outra que sempre foi descarregada completamente.
Por isso, descargas/cargas profundas constituem um elemento de stress para as baterias de lítio, sendo tanto maior quanto maior for a velocidade de carga/descarga. Mas esta questão da velocidade tem a ver com a temperatura, que é a segunda variável de stress. Quanto maior for a velocidade de descarga (percursos contínuos a alta velocidade) ou de carga (carregamentos em PCR), maior é a temperatura que as baterias atingem, que por sua vez também aumentam a degradação. Pode-se dizer que efectivamente a temperatura é o maior inimigo destas baterias, e quanto mais próximas estiverem da gama dos 10 a 20ºC tanto melhor para a sua longevidade.
O seguinte gráfico mostra-nos o efeito da temperatura sobre a auto-descarga de uma bateria ao longo do tempo:
Mas o gráfico abaixo é realmente precioso, pois mostra-nos a relação entre as cargas parciais/totais e os níveis iniciais/finais com a capacidade:
Por aqui podemos ver que ciclos de cargas/descargas entre 100 e 25% são piores que ciclos entre 100 e 50%, evidenciando precisamente que os ciclos profundos são piores.
Mas, se além disso, evitarmos que a carga não chegue aos 100%, a longevidade vai muito mais além. O melhor resultado tem precisamente a ver com ciclos que variam entre os 75 e os 65%. Considerando uma utilização mais realista do dia-a-dia, os melhores exemplos correspondem precisamente às gamas entre 75-65% ou 75-45%.
Por isso, uma boa prática para quem utiliza normalmente 50% da bateria durante um dia, é a deixar a bateria a carregar todos os dias dos 30 aos 80%. Se apenas usar 40%, utilizar a gama dos 40 aos 80%. Uma regra simples, seria a de limitar o carregamento máximo aos 80%, e evitar ir abaixo dos 20% tentando subir este limite mínimo.
Boas leituras, e até à próxima.
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